
Um desentendimento em um bar de Jardim resultou em duas pessoas feridas por golpes de faca na madrugada de 27 de novembro de 2025. A equipe policial militar foi acionada e atendeu a ocorrência, que culminou no registro de lesões corporais recíprocas na 1ª Delegacia de Polícia Civil do município.
O incidente veio à tona por volta das 2h50, quando um indivíduo deu entrada no Hospital Edelmira Nunes de Oliveira, em Jardim, vítima de esfaqueamento. De acordo com o boletim de ocorrência, a equipe policial se dirigiu ao hospital e, posteriormente, ao local do fato, um bar situado em uma via do bairro Vila Caetano.
Conforme o relato da proprietária do estabelecimento, uma testemunha, um homem chegou ao bar solicitando uma dose de pinga por um real. Ao ser informado de que o preço era de quatro reais, o indivíduo insistiu, mas teve a venda recusada. Em seguida, ele se aproximou de outro homem que, segundo a proprietária, sacou uma faca e o ameaçou dentro do local. A proprietária conseguiu conter o homem com a faca.
Ainda segundo a proprietária e testemunhas, após sair do bar, o indivíduo que inicialmente solicitou a bebida conseguiu desarmar o homem que portava a faca e o golpeou utilizando a própria arma. O agressor então fugiu do local. Diante da gravidade da lesão, a proprietária solicitou ajuda de terceiros e levou a vítima ao hospital para atendimento médico.
Enquanto a equipe policial militar estava no hospital, recebeu a informação de que o suposto agressor estaria em uma via do bairro, nas proximidades de um estabelecimento comercial. No local indicado, a equipe localizou um homem que foi identificado por testemunhas como o autor da agressão.
Foi constatado que o segundo indivíduo também apresentava um ferimento na região frontal da cabeça. Ele foi levado ao Hospital Edelmira Nunes de Oliveira, onde recebeu atendimento médico e sutura. Posteriormente, foi encaminhado à 1ª Delegacia de Polícia Civil de Jardim para o registro da ocorrência.
Na delegacia, o homem apresentou sua versão dos fatos. Segundo ele, ao chegar ao bar e solicitar uma dose de bebida alcoólica, foi subitamente abordado pelo outro indivíduo, que o teria segurado pelo pescoço e pressionado contra a parede, sem motivo aparente, pois não o conhecia. Ele teria conseguido se desvencilhar e se dirigia à saída quando o outro indivíduo o seguiu com uma faca em punho e o golpeou na testa.
Em sua defesa, o homem relatou ter resistido e conseguido tomar a faca do agressor. Instintivamente, ele teria golpeado o outro indivíduo nas costas e no peito, conforme informações que teria recebido de um funcionário do hospital, cujo nome e qualificação não soube informar.
O boletim de ocorrência registra que o primeiro indivíduo ferido foi transferido em vaga zero para Campo Grande, devido à necessidade de atendimento especializado. O homem ouvido na delegacia mencionou que os fatos teriam sido registrados por câmeras de vigilância do estabelecimento comercial, porém as imagens não foram apresentadas na delegacia no momento do registro. Questionado, ele manifestou que não deseja representar criminalmente contra o outro indivíduo, sendo cientificado do prazo legal de seis meses.
A equipe policial militar não conseguiu apresentar o indivíduo que foi transferido para Campo Grande, impossibilitando a coleta de informações sobre seu interesse em representar criminalmente. Além disso, nenhum documento relativo ao atendimento médico prestado a ele no Hospital Edelmira Nunes de Oliveira foi apresentado na delegacia para o registro oficial.