Homem é esfaqueado após desentendimento em bar de Jardim

Vítima foi transferida para Campo Grande; suposto autor também ficou ferido e apresentou sua versão dos fatos à polícia.

02/12/2025 às 23:20
Por: Redação

Um homem de idade adulta foi vítima de esfaqueamento na madrugada de 27 de novembro de 2025, por volta das 2h50, em um estabelecimento comercial localizado na Vila Caetano, em Jardim. A equipe da Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência no local e, posteriormente, acompanhou os desdobramentos em um hospital da cidade e na delegacia.

 

A vítima deu entrada em um hospital da cidade com ferimentos graves. Segundo o boletim de ocorrência, o fato teve início após um desentendimento em um bar da região. Um indivíduo foi posteriormente identificado e encaminhado à 1ª Delegacia de Polícia Civil de Jardim, onde o caso foi registrado como lesões corporais recíprocas.

 

Início do Confronto

 

Conforme relato de uma testemunha, proprietária do estabelecimento, um homem chegou ao bar solicitando a compra de uma dose de pinga por um real, sendo informado de que o valor cobrado era de quatro reais. Diante da negativa em vender pelo preço proposto, o indivíduo insistiu, mas a proprietária manteve a recusa. Em seguida, o homem se dirigiu até a vítima, que, segundo a testemunha, sacou uma faca e começou a ameaçá-lo dentro do bar, sendo contido pela proprietária.

 

Após sair do bar, de acordo com testemunhas, o indivíduo que havia tentado comprar a bebida conseguiu desarmar o homem com a faca e o golpeou utilizando a própria arma. O suposto autor da agressão fugiu do local em seguida. Diante da gravidade dos ferimentos, a proprietária solicitou ajuda de terceiros e levou a vítima ao hospital, onde ela começou a receber atendimento médico.

 

Enquanto a vítima era atendida, a equipe policial militar recebeu informações de que o suposto agressor estaria em uma via do bairro, nas proximidades de um outro estabelecimento comercial. No local indicado, a polícia encontrou um indivíduo que foi identificado por testemunhas como o autor da agressão, sendo constatado o seu envolvimento no esfaqueamento. O homem apresentava um ferimento na região frontal da cabeça.

 

Outra Versão dos Fatos

 

Diante da lesão, o indivíduo foi encaminhado ao mesmo hospital onde a vítima estava sendo atendida, recebendo suturas e cuidados médicos. Posteriormente, ele foi apresentado à 1ª Delegacia de Polícia Civil de Jardim para prestar esclarecimentos e a elaboração do boletim de ocorrência. No distrito policial, o homem apresentou sua versão dos fatos.

 

Ele relatou que, ao chegar ao bar e pedir uma dose de bebida alcoólica à proprietária, foi subitamente abordado pelo outro homem, que o teria segurado pelo pescoço e o pressionado contra uma parede, sem motivo aparente, uma vez que não o conhecia. O indivíduo afirmou ter conseguido se desvencilhar e se livrou do homem, indo em direção à saída do bar. Contudo, alegou que o homem o seguiu com uma faca em punho e o golpeou, causando um ferimento na testa.

 

Em sua defesa, o indivíduo disse ter resistido e conseguido tomar a faca da vítima, golpeando-o instintivamente nas costas e no peito, conforme teria sido informado por um funcionário do hospital, cuja identificação não soube informar. Ele também mencionou que os fatos poderiam ter sido registrados por câmeras de segurança do estabelecimento, mas as imagens não foram apresentadas na delegacia no momento do registro. O boletim de ocorrência indica a existência de testemunhas presenciais.

 

Ainda no hospital, a equipe policial militar foi informada de que a vítima do esfaqueamento seria transferida em vaga zero para Campo Grande, devido à necessidade de atendimento especializado. O homem que se apresentou como suposto autor e também vítima foi questionado sobre seu interesse em representar criminalmente contra o outro envolvido.

 

O indivíduo manifestou que não deseja representar criminalmente, sendo cientificado do prazo decadencial de seis meses, conforme o Código de Processo Penal.


Não foram apresentados documentos relativos ao atendimento médico de nenhuma das partes na delegacia. Também não foi possível colher informações sobre o interesse da vítima transferida em representar criminalmente, devido à sua remoção para outra cidade. O caso segue sob investigação da Polícia Civil de Jardim.

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