Homem é esfaqueado após desentendimento por preço de bebida em Jardim

Agressor e vítima foram atendidos em um hospital da cidade; um deles foi transferido para Campo Grande. Ambos apresentaram versões distintas dos fatos à polícia.

07/12/2025 às 12:22
Por: Redação

Um homem foi esfaqueado na madrugada de 27 de novembro de 2025, após um desentendimento em um estabelecimento comercial localizado em um endereço no bairro Vila Caetano, na cidade de Jardim. A ocorrência foi registrada pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Jardim, após a equipe policial militar ser acionada para atender a um caso de lesão corporal que evoluiu para esfaqueamento.

 

Segundo o boletim de ocorrência, por volta das 2h50, a equipe policial foi informada sobre a entrada de uma vítima de esfaqueamento em um hospital da cidade. No local, uma testemunha e proprietária do estabelecimento onde o fato ocorreu relatou que um indivíduo chegou ao bar pedindo uma dose de pinga por um real, sendo informado de que o preço era de quatro reais.

 

Diante da recusa de vender a bebida pelo valor solicitado, o homem insistiu na compra. Em seguida, ele se dirigiu a outro indivíduo que estava no local, que, segundo a proprietária, teria sacado uma faca e começado a ameaçá-lo dentro do estabelecimento. A proprietária conseguiu intervir e conter a situação inicialmente.

 

Contudo, após saírem do bar, testemunhas informaram que o indivíduo conseguiu desarmar o homem que portava a faca e o golpeou utilizando a própria arma branca. O agressor fugiu logo em seguida, tomando rumo ignorado. Devido à gravidade da lesão, a proprietária solicitou ajuda de terceiros e levou a vítima ao hospital, onde ela recebeu atendimento médico.

 

Localização e Prisão

 

Ainda no hospital, a equipe policial recebeu a informação de que o suposto autor da agressão poderia ser encontrado em uma via do bairro, em frente a uma lanchonete. No local indicado, a equipe localizou um homem que foi prontamente identificado por testemunhas como o responsável pelo esfaqueamento. Ao abordá-lo, a polícia constatou que ele apresentava um ferimento na região frontal da cabeça.

 

O homem, ferido, foi encaminhado ao mesmo hospital, onde recebeu atendimento médico e sutura. Posteriormente, ele foi apresentado à 1ª Delegacia de Polícia Civil de Jardim para o registro da ocorrência. A vítima inicial, por sua vez, foi transferida em “vaga zero” para Campo Grande, devido à necessidade de atendimento especializado, conforme informado à equipe policial militar que atendeu a ocorrência no hospital.

 

A Versão do Agressor

 

Nesta Delegacia de Polícia Civil, o homem identificado como autor da agressão, que também foi ferido, apresentou sua versão dos fatos. Ele alegou ter chegado ao bar e, subitamente, ter sido abordado pelo outro indivíduo, que o pegou pelo pescoço e o pressionou contra a parede sem qualquer motivo aparente, posto que não o conhecia.

 

O agressor relatou que conseguiu se desvencilhar e se livrou do ataque, dirigindo-se à saída do bar. No entanto, o outro indivíduo o teria seguido com uma faca em punho e o golpeado, causando-lhe um ferimento na região da testa. Em legítima defesa, o agressor resistiu, conseguiu tomar a faca e, conforme seu relato, “instintivamente golpeou-o com a faca, vindo a acertar [o outro indivíduo] nas costas e no peito”, segundo informações que teria recebido de um funcionário do hospital cujo nome não soube informar.


O agressor mencionou que os fatos teriam sido registrados por câmeras de vigilância do estabelecimento comercial, mas as imagens não foram apresentadas na delegacia no momento do registro. Há testemunhas presenciais, conforme indicado no Boletim de Ocorrência da Polícia Militar. Questionado, ele manifestou que não deseja representar criminalmente contra o outro indivíduo, sendo cientificado do prazo decadencial de seis meses, nos termos do Código de Processo Penal.

 

Quanto à vítima inicial, a equipe policial militar deixou de apresentá-la na delegacia, pois foi informada de sua transferência para o município de Campo Grande para atendimento especializado. Contudo, não foi apresentado qualquer documento relativo ao atendimento realizado no hospital, nem foi possível obter informações sobre o interesse da vítima em representar criminalmente contra o agressor. A Polícia Civil segue com os procedimentos cabíveis para apurar os fatos.

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