Homem é esfaqueado e transferido para Campo Grande após briga em bar de Jardim

Agressor, que também se feriu, foi detido e alegou legítima defesa; ambos os envolvidos figuram como vítimas na ocorrência de lesões corporais recíprocas.

10/12/2025 às 11:44
Por: Redação

Um indivíduo foi esfaqueado em um bar na Vila Caetano, em Jardim, na madrugada de 27 de novembro de 2025, por volta das 2h50. A vítima, que sofreu golpes no peito e nas costas, precisou ser transferida com urgência para um hospital em Campo Grande devido à gravidade dos ferimentos. O agressor também ficou ferido e foi encaminhado à 1ª Delegacia de Polícia Civil de Jardim para registro da ocorrência.

 

De acordo com o boletim de ocorrência, a equipe policial militar foi acionada e se dirigiu a um hospital da cidade, onde um homem, já identificado como a vítima, havia dado entrada com ferimentos de faca. O esfaqueamento teria ocorrido em um estabelecimento comercial localizado em um endereço no bairro Vila Caetano, após uma discussão envolvendo a venda de bebida alcoólica.

 

Dinâmica dos fatos

Conforme o relato de uma testemunha e proprietária do bar à polícia, um indivíduo chegou ao local e solicitou a compra de uma dose de pinga por um real. A proprietária informou que o preço era de quatro reais, mas o indivíduo insistiu na oferta. Diante da recusa, o homem teria se aproximado da vítima, que reagiu sacando uma faca e o ameaçando dentro do estabelecimento, sendo contido pela proprietária.

 

"Após sair do bar, segundo testemunhas, o indivíduo conseguiu desarmar Antônio e o golpeou utilizando a própria faca", consta no boletim de ocorrência, sobre a agressão.


Após a contenção, a briga prosseguiu na parte externa do bar. Segundo testemunhas, o indivíduo conseguiu desarmar a vítima e a golpeou com a própria faca. Em seguida, ele fugiu. Diante da gravidade da lesão, a proprietária do bar solicitou ajuda de terceiros para levar a vítima ao hospital, onde ela recebeu os primeiros atendimentos médicos. A equipe policial foi informada, ainda no hospital, que o suposto autor do esfaqueamento estaria em uma via do bairro Centro.

 

No local indicado, os policiais encontraram o suspeito, que foi identificado por testemunhas como o agressor. Ele apresentava um ferimento na região frontal da cabeça e foi encaminhado ao mesmo hospital da cidade para atendimento e sutura. Posteriormente, o suspeito foi conduzido à 1ª Delegacia de Polícia Civil de Jardim para prestar depoimento e elaboração do registro.

 

Versões apresentadas

Na delegacia, o suspeito apresentou sua versão dos fatos, alegando que, ao chegar ao bar para comprar uma dose de bebida, foi "subitamente abordado" pela vítima, que o teria pego pelo pescoço e pressionado contra a parede, "sem qualquer motivo aparente", pois não a conhecia. Ele afirmou ter conseguido se desvencilhar e se dirigiu à saída do bar, mas a vítima o teria seguido com uma faca em punho e o golpeado na testa. Para se defender, o suspeito resistiu, tomou a faca e "instintivamente" golpeou a vítima nas costas e no peito, informação que teria recebido de um funcionário do hospital.

 

O suspeito mencionou ainda que os fatos teriam sido registrados por câmeras de vigilância do bar, mas as imagens não foram apresentadas na delegacia no momento do registro. O boletim de ocorrência aponta a existência de testemunhas presenciais, conforme indicado pela Polícia Militar, mas cópias de prontuários médicos não foram anexadas.

 

Questionado sobre seu interesse em representar criminalmente, o suspeito "manifestou que NÃO DESEJA REPRESENTAR criminalmente em desfavor do Autor/Vítima Antônio", sendo cientificado do prazo decadencial de seis meses.


A equipe policial militar não pôde apresentar a vítima na delegacia, pois foi informada de sua transferência imediata para Campo Grande em "vaga zero", devido à necessidade de atendimento especializado. Contudo, não foi apresentado nenhum documento oficial sobre o atendimento realizado no hospital de Jardim, e não foi possível colher informações sobre o interesse da vítima em representar criminalmente o suspeito. O caso foi registrado como lesões corporais recíprocas pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Jardim, e as próximas etapas incluem a análise dos relatos e a possível solicitação de imagens de segurança.

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