Homem é esfaqueado em bar de Jardim após discussão por preço de bebida

Vítima foi transferida para Campo Grande em estado grave; suspeito também ficou ferido e apresentou sua versão dos fatos à polícia.

30/11/2025 às 22:41
Por: Redação

Um homem foi esfaqueado em um bar localizado em uma via do bairro Vila Caetano, em Jardim, no dia 27 de novembro de 2025, por volta das 02h50. A equipe da Polícia Militar foi acionada para um hospital da cidade, onde a vítima, um indivíduo, havia dado entrada com ferimentos graves.

 

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, a proprietária e testemunha do estabelecimento relatou que um homem chegou ao bar solicitando a compra de uma dose de pinga por um real, mas foi informado que o valor era de quatro reais. Diante da recusa em vender pelo preço proposto, o indivíduo insistiu, e a proprietária manteve sua negativa.

 

O Confronto

 

Conforme o relato da proprietária, após a discussão inicial, o homem se dirigiu até onde a vítima estava. Neste momento, a vítima sacou uma faca e começou a ameaçar o indivíduo dentro do estabelecimento, sendo contida pela proprietária. Após sair do bar, testemunhas informaram que o indivíduo conseguiu desarmar a vítima e a golpeou utilizando a própria faca. O agressor fugiu em seguida, tomando rumo ignorado.

“Um indivíduo chegou ao bar solicitando que lhe fosse vendida uma dose de pinga por um real, porém foi informado de que a dose custava quatro reais.”


Diante da gravidade da lesão da vítima, a proprietária solicitou ajuda de terceiros e a encaminhou ao hospital, onde recebeu os primeiros atendimentos. Ainda no hospital, a equipe policial militar recebeu a informação de que o suposto agressor estaria em uma via do bairro Centro, nas proximidades de um estabelecimento comercial.

 

Investigação Policial

 

No local indicado, a equipe policial encontrou o homem, que foi identificado por testemunhas como o autor da agressão. Ao ser constatado um ferimento na região frontal da cabeça do suspeito, ele foi encaminhado ao mesmo hospital para atendimento médico e sutura. Posteriormente, o homem foi apresentado à 1ª Delegacia de Polícia Civil de Jardim para o registro da ocorrência.

“Erick teria conseguido se desvencilhar e livrou-se de Antônio, indo em direção à saída do bar, porém Antônio teria o seguido com uma faca em punho e lhe golpeado, causando-lhe um ferimento na região da testa.”


Na Delegacia de Polícia Civil, o suspeito apresentou sua versão dos fatos, afirmando que ao chegar ao bar, foi abordado pela vítima, que o teria pego pelo pescoço e pressionado contra a parede sem motivo aparente, já que não o conhecia. Ele relatou ter conseguido se desvencilhar e se dirigiu à saída do bar, mas a vítima o teria seguido com uma faca em punho e o golpeado na testa. Em sua defesa, o suspeito resistiu e tomou a faca, golpeando a vítima instintivamente nas costas e no peito.

 

O suspeito mencionou que os fatos teriam sido registrados por câmeras de vigilância do estabelecimento, mas as imagens não foram apresentadas na delegacia no momento do registro. Há testemunhas presenciais indicadas no boletim da Polícia Militar. O boletim também aponta a ausência de cópia do prontuário de atendimento médico do suspeito.

 

A vítima, por sua vez, foi transferida em “vaga zero” para Campo Grande, devido à necessidade de atendimento especializado. Em razão da transferência e do estado de saúde, não foi possível colher informações sobre seu interesse em representar criminalmente contra o suspeito, nem foram apresentados documentos relativos ao atendimento realizado no hospital em Jardim.

 

Questionado sobre o desejo de representar criminalmente a vítima, o suspeito manifestou que não o faria, sendo cientificado do prazo decadencial de seis meses, conforme o Código de Processo Penal.

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