Imóvel em Jardim é invadido e depredado

Proprietária encontrou a residência revirada e com diversos danos materiais no Assentamento Recanto do Rio Miranda após denúncia de invasão.

03/12/2025 às 01:45
Por: Redação

Uma proprietária de imóvel em Jardim registrou um boletim de ocorrência por violação de domicílio e extensos danos materiais em sua residência. O incidente, que resultou em destruição generalizada do local, foi formalizado em 25 de novembro de 2025, na 1ª Delegacia de Polícia de Jardim, após a vítima constatar a invasão e depredação. O fato teve início em 22 de novembro de 2025, quando a moradora recebeu alertas sobre a presença de desconhecidos em sua propriedade.

 

A comunicante, que reside há mais de duas décadas em um lote no Assentamento Recanto do Rio Miranda, estava na casa de um familiar, na área urbana de Jardim, em 22 de novembro de 2025, por volta das 18h. Naquela ocasião, ela recebeu ligações de vizinhos informando que havia pessoas desconhecidas dentro de sua propriedade, com todas as luzes da casa acesas. Inicialmente, a proprietária considerou a possibilidade de uma brincadeira ou de indivíduos apenas colhendo frutos silvestres nas redondezas de sua casa.

 

A invasão

 

Contudo, ao retornar à sua residência somente em 25 de novembro de 2025, a vítima encontrou o portão aberto e a casa arrombada. No interior do imóvel, notou a presença de um pedaço de madeira atrás da porta e uma rede armada, evidenciando que o local havia sido ocupado. Conforme o boletim de ocorrência, a proprietária verificou que o ambiente estava completamente revirado e com sinais de vandalismo.

 

No local, a comunicante foi informada por um indivíduo que ele havia entrado na residência a mando de uma mulher. Essa mulher, segundo a vítima, é a gestora de uma associação de produtores do assentamento. A proprietária, embora conheça o homem, preferiu acionar a polícia, pois ele teria declarado que só deixaria o imóvel caso ela entrasse em contato com a suposta mandante da invasão.

De acordo com o registro policial, a proprietária informou que o indivíduo no local relatou ter agido a pedido de uma mulher, identificada como gestora de uma associação da região.


 

A vítima detalhou no boletim que a mulher apontada é a gestora da Associação dos Produtores do Assentamento Recanto do Rio Miranda e que, presumidamente, teria ordenado a invasão de sua propriedade. A comunicante também relatou ter ouvido que essa mesma gestora estaria engajada em comprar imóveis vizinhos por valores abaixo do preço de mercado, supostamente utilizando invasões como método de pressão para que os proprietários aceitem as ofertas.

 

Danos e destruição

 

Ao inspecionar minuciosamente o interior da residência, a proprietária constatou uma vasta gama de danos materiais. O relatório policial aponta que objetos pessoais foram quebrados, portas estavam arrombadas, e uma máquina de lavar roupas nova foi encontrada danificada. Além disso, peças de vestuário foram queimadas no local.

 

A destruição se estendeu à estrutura do imóvel, com telhas quebradas e o vaso sanitário completamente destruído. Fotografias e álbuns de família foram incendiados, e prateleiras de madeira que guarneciam a casa desapareceram. No exterior, a cerca da propriedade foi arrancada, e cinco postes de madeira, juntamente com o arame que servia para conter o gado, foram removidos. Tijolos que estavam organizados em pilhas também foram danificados. Além disso, algumas panelas de ferro antigas, que eram herança de família, foram subtraídas.

 

Provido pela polícia

 

Diante da situação, a Polícia Militar foi acionada e prontamente compareceu ao local do ocorrido. A equipe policial conversou com o indivíduo que se encontrava na propriedade e o orientou a se retirar do imóvel. Segundo o registro da ocorrência, o homem acatou a orientação e deixou o local de forma espontânea, sem apresentar qualquer resistência às autoridades.

 

A proprietária expressou seu profundo temor por novas invasões e declarou que, em razão da extensão dos danos e da destruição generalizada, não possui condições emocionais ou materiais para permanecer residindo na propriedade. O boletim de ocorrência foi formalizado para que as medidas legais cabíveis sejam tomadas pela Polícia Civil, que dará prosseguimento à investigação do caso.

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