
Para garantir que as novas gerações permaneçam na zona rural, o Governo de Mato Grosso do Sul apoia um projeto de desenvolvimento voltado para o assentamento Itamarati, em Ponta Porã. O foco é profissionalizar estudantes da Escola Estadual Nova Itamarati, promovendo sustentabilidade e inovação tecnológica.
O assentamento Itamarati, o maior da América Latina, enfrenta desafios como o crescente êxodo rural, especialmente entre jovens em busca de melhores oportunidades nas cidades. Este projeto visa reverter tal tendência, incentivando o fortalecimento comunitário e a geração de renda local.
Desenvolvido em parceria com a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), o projeto apresenta alternativas de inovação e sustento para as famílias. A UFGD contribui ao integrar tecnologias sociais ao currículo escolar, inspirando discussões e experimentos que conectam a teoria com a prática.
"A proposta é levar tecnologias sociais para desenvolver novas formas de gerar renda e emprego dentro da comunidade", afirmou Douglas Henrique Alencar, da Secretaria de Educação de MS.
Essas atividades incluem biogás, aquaponia e compostagem, buscando aumentar o interesse dos jovens pelo desenvolvimento sustentável no campo e a inovação.
O investimento no projeto ultrapassa 1,4 milhões de reais, contando com o suporte da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação. Ações integradas permitem que a escola seja uma vitrine tecnológica, alavancando a carreira acadêmica dos alunos e estimulando-os a ingressar na universidade.
A professora Juliana Carrijo destaca que o macroprojeto, ativo há oito anos, visa ao fortalecimento da agricultura familiar e da bioeconomia.
A iniciativa também estrutura espaços coletivos de educação e tecnologia, com ênfase na agricultura familiar, alinhando-se às disciplinas escolares e fomentando a identidade territorial e a sucessão rural no assentamento.