
Uma moradora de Jardim registrou um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia do município na manhã de 25 de novembro de 2025, após retornar à sua propriedade no Assentamento Recanto do Rio Miranda e encontrá-la invadida e com diversos danos materiais. O incidente teria ocorrido por volta das 18h de 22 de novembro.
Segundo o relato da vítima, que reside no local há mais de vinte anos, ela estava na casa de um familiar em Jardim quando recebeu uma ligação de populares. A informação era de que pessoas desconhecidas estavam em sua residência, com todas as luzes acesas. Inicialmente, a moradora acreditou que poderia ser uma brincadeira ou alguém colhendo frutas nas proximidades do terreno.
A vítima só retornou à propriedade na data do registro da ocorrência. Ao chegar, constatou que a casa estava aberta e arrombada. No interior do imóvel, a moradora encontrou um pedaço de madeira atrás da porta e uma rede armada, evidenciando a presença de pessoas no local.
Ainda na propriedade, a vítima foi informada por um indivíduo de que ele havia entrado na residência a mando de uma gestora da Associação dos Produtores do Assentamento Recanto do Rio Miranda. A moradora afirmou conhecer o homem, mas não discutiu, optando por acionar a polícia.
O indivíduo teria declarado à vítima que só deixaria o local se ela telefonasse para a gestora da associação, conforme o boletim de ocorrência.
A vítima esclareceu que a gestora, a quem identificou pelo nome, seria responsável pela ordem de invasão de sua propriedade. Ela relatou ter conhecimento de que essa pessoa estaria supostamente tentando adquirir propriedades vizinhas por valores abaixo do mercado, utilizando táticas de invasão para pressionar os proprietários à venda.
Ao verificar o interior do imóvel, a moradora notou que a casa estava completamente revirada e com uma série de danos. Entre os prejuízos registrados, foram listados objetos pessoais quebrados, portas arrombadas, uma máquina de lavar roupas nova danificada e peças de vestuário queimadas.
A destruição se estendeu a outras partes da propriedade, incluindo telhas quebradas, um vaso sanitário destruído, fotos e álbuns queimados, e prateleiras de madeira que desapareceram. Além disso, a cerca havia sido arrancada, cinco postes de madeira e o arame que impedia a entrada de gado foram removidos, e tijolos empilhados foram quebrados. Panelas de ferro antigas, que pertenciam à mãe da vítima, também não foram encontradas.
A vítima ressaltou que o local não foi preservado e que sofreu prejuízos consideráveis. Diante da destruição generalizada, ela expressou temor por novas invasões e declarou não ter condições de permanecer na residência.
A Polícia Militar foi acionada e esteve no local. Os policiais orientaram o indivíduo que se encontrava na propriedade a se retirar, e ele deixou o imóvel espontaneamente, sem resistência. A ocorrência foi formalmente registrada para que as medidas cabíveis sejam tomadas pelas autoridades competentes.